quarta-feira, 10 de abril de 2013

Você quer saber por que estão tentando engessar o Ministério Público?


Quer saber quem é Alvimar Araújo, que foi preso pela Polícia, com um carro cheio de dinheiro e cheques assinados por Riva e Silval? Pesquise os arquivos do paralisado blogue do jornalista Fábio Pannunzio.

Riva, que já foi condenado por corrupção, na primeira instância do Judiciário de Mato Grosso, foi cumprimentado, em sua 6ª posse como presidente da Assembléia, por autoridades civis, militares e lideranças empresariais, como Rui Prado, presidente da Famato.


Da pagina do Enock Cavalcanti

A semana começou agitada, em Mato Grosso, com várias pessoas sendo presas em Mato Grosso, um desembargador voltando a ser muito questionado e, lá das Minas Gerais, veio a notícia de que um senhor chamado Alvimar Araújo Costa foi preso pela Polícia Rodoviária Federal, como carro abarrotado de dinheiro, alguns reais e muitos euros, e também três cheques da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, assinados pelo então presidente da Assembléia, deputado Silval Barbosa e seu então ordenador de despesas, o secretário da Assembleia, deputado José Geraldo Riva. Mais um mistério a inquietar o tão assaltado e tripudiado contribuinte/cidadão/eleitor matogrossense. Como a Policia está na pista, e estamos em tempos de operação contra a corrupção, vamos aguardar novos e urgentes desdobramentos do caso. Numa rápida pesquisa na internet, internautas amigos deste blogueiro, já nos remeteram um link do paralisado blogue do jornalista Fábio Pannunzio, com uma postagem que traça um rapido e instigante perfil do cidadão Alvimar Araújo. O texto deixa evidente que a blogueira Adriana Vandoni, cá de Cuiabá, também participou do levantamento das informações divulgadas pelo Pannunzio. Será que a Polícia já teve acesso a este texto? Quanto mais informação, melhor. Afinal de contas, faz muitos, muitos anos, que aqui em Mato Grosso se procura entender os usos e abusos que foram feitos com os cheques da Assembleia Legislativa de nosso Estado. Confira o noticiário e, ao final, o linque que remete ao texto do Blog do Pannunzio, que fora reproduzido no blog do Antonio Cavalcanti, o nosso Cearazinho, preservando-se assim o texto e as informações que, neste momento, podem contribuir para o melhor entendimento da situação. (EC)


Homem é preso com cheques da Assembleia Legislativa de Mato Grosso assinados por Riva e Silval



Da Redação – Jardel P. Arruda

OLHAR DIRETO

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) deteve na tarde desta terça-feira (9) um homem com cerca de R$ 1 milhão, sendo que parte desse montante estava dividido em três cheques emitidos pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (Al-MT), assinados pelo deputado estadual José Geraldo Riva (PSD), pelo governador Silval Barbosa (PMDB) e pelo ex-deputado estadual Tegivan Moraes.

Doador da campanha de 2010 de José Riva, Alvimar Araújo Costa foi preso próximo ao município de Araxás – MG, com R$ 790 em espécie, 50 mil euros e os três cheques da AL-MT no valor de R$ 58 mil. Segundo informações da PRF, o dinheiro estava escondido em uma mochila no porta-malas do carro. Já os cheques, todos endereçados a empresa “Eldorado Construções Obras de Terraplanagem LTDA”, estavam escondidos no console central do carro.

Para PRF, Alvimar afirmou que os valores seriam provenientes da venda de gado e seriam utilizados na compra de um apartamento em Belo Horizonte. Quanto aos cheques, ele afirmou tê-los encontrados no chão, em uma rua de Cuiabá.

Alvimar Araújo Costa já é processado por estelionato e foi detido por não ter como comprovar a origem do montante em dinheiro e cheque.

Ainda não há informações sobre a data dos cheques. Desde os escândalo envolvendo a suposta emissão de cheques para o bicheiro João Arcanjo Ribeiro, apontado como chefe do crime organizado em Mato Grosso há 10 anos, a Assembleia deixou de trabalhar com esse tipo de crédito.

Nas imagens da TV Integração é possível ver o nome do atual governador Silval Barbosa, que presidiu a AL em 2002, enquanto José Riva era 1º secretário, portanto, ordenador de despesas.

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Riva admite conhecer homem preso com cheques da AL assinados por ele e Silval há 30 anos



Da Redação – Jardel P. Arruda

OLHAR DIRETO

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), José Geraldo Riva (PSD), admitiu conhecer ‘há mais de 30 anos’ Avilmar Araújo Costa, preso com três cheques de R$ 58 mil do Poder Legislativo, em Minas Gerais. Além disso, afirmou ainda já ter feito vários negócios com ele. Contudo, o deputado mantém o posicionamento de que a AL deixou de emitir cheques há 10 anos.

“Reitero que a Assembleia Legislativa não emite cheque há mais de 10 anos e, com certeza, os cheques encontrados devem ter sido emitidos em data anterior a 2003 e não foram descontados”, diz trecho de nota emitida pela assessoria do deputado estadual. Já durante a sessão da Assembleia Legislativa, Riva admitiu também que Avilmar já fez doações para campanhas devido a relação de amizade entre os dois. “Ele deve aparecer com doador em mais de uma campanha”, afirmou.

Homem é preso com cheques da Assembleia Legislativa de Mato Grosso assinados por Riva e Silval

Embora o deputado não tenha dito, nem em nota, nem na sessão da AL, o detido é ex-marido da irmã da esposa de seu irmão, Priminho Riva, e atua com uma factoring em Cuiabá. Além disso, Avilmar chegou a ser investigado na operação Arca de Noé, que culminou com a prisão de João Arcanjo Ribeiro, ex-bicheiro e chefe do crime organizado em Mato Grosso.

Costa foi detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na tarde desta terça-feira (9) na BR-262, próximo a Araxá –MG, com R$ 750 e 50 mil euros em espécie além dos três cheques da Assembleia Legislativa. O dinheiro em espécie estava em uma mochila no porta-malas do carro e os cheques escondidos dentro do console central.

A detenção ocorreu pelo fato de ele responder por um processo de estelionato e não conseguir comprovar a origem de todo o montante em dinheiro encontrado no carro. De acordo com Avilmar, o dinheiro seria usado para comprar um apartamento em Belo Horizonte – MG. Quanto aos cheques, ele afirmou a polícia tê-los encontrado no chão de uma rua em Cuiabá cerca de 15 dias atrás.

No documento enviado a imprensa, Riva afirma também que desconhece as razões para Avilmar estar com cheques antigos da Assembleia. Ainda segundo o parlamentar, o homem detido nunca prestou serviços à Assembleia Legislativa.

Veja nota na íntegra:

Em relação à prisão do senhor Avilmar de Araújo Costa em uma rodovia federal em Minas Gerais, informo que:
1- Conheço o Avilmar há mais de 30 anos, pois também foi morador de Juara, e já realizamos diversos negócios juntos ao longo desses anos.
2- As atividades comerciais que fizemos foi para compra e venda de gado, e propriedades rurais, sendo que está tudo declarado e contabilizado com notas fiscais.
3- O Avilmar nunca teve negócios ou prestou serviço para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
4- Reitero que a Assembleia Legislativa não emite cheque há mais de 10 anos e, com certeza, os cheques encontrados devem ter sido emitidos em data anterior a 2003 e não foram descontados.
5- Desconheço a razão de Avilmar estar com três cheques antigos da Assembleia e informo que acompanharemos as investigações.

Deputado José Riva.
 
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ACESSE AGORA A MATÉRIA PUBLICADA PELO JORNALISTA FÁBIO PANNUNZIO EM SEU BLOGUE NO ANO DE 2010



Saiba mais:

Polícia acha R$ 1 milhão em carro de homem ligado a parlamentar de MT 
Dinheiro foi encontrado por policiais rodoviários; deputado, que preside Assembleia, não foi localizado para comentar 


LEONENCIO NOSSA - O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Em dia de operações do Ministério Público pelo País, agentes da Polícia Rodoviária Federal prenderam numa ação de rotina na manhã de ontem na BR-262, em Araxá (MG), um homem que transportava três cheques de R$ 58 mil cada e cédulas em reais (790 mil) e euros (50 mil) com suspeita de origem ilícita. Ele teria ligações, segundo a polícia, com o deputado José Geraldo Riva (PSD), presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. 

O homem, que não teve o nome divulgado a pedido do MP, trafegava pela rodovia quando foi parado num posto da Polícia Rodoviária. O dinheiro estava numa bolsa no porta-malas do carro. Os cheques em nome da Assembleia Legislativa foram encontrados num compartimento oculto. Os agentes também recolheram documentos assinados por Riva. A Polícia Rodoviária informou que a possível ligação do preso com o parlamentar foi constatada numa pesquisa interna. Procurado ontem, Riva não respondeu à ligação. 

Riva é um nome que costuma ser citado com frequência em operações do Ministério Público e das polícias. O Ministério Público Estadual o acusa de desviar recursos dos cofres da assembleia por meio de empresas fantasmas. Ele responde a 102 ações penais e de improbidade administrativa. Embora seja citado em uma centena de processos, ele mantém influência na política de Mato Grosso. Atualmente, preside o diretório estadual do PSD.

Fonte O Estado de S. Paulo 

Saiba mais:

Mais detalhes dos cheques da assembleia achados na rua. 



Por Adriana Vandoni

Como disse o advogado Eduardo Mahon, o chão de Cuiabá não dá tanto dinheiro desde Paschoal Moreira Cabral. Vamos por partes ao caso dos cheques da assembleia de Mato Grosso encontrados numa rua qualquer de Cuiabá. É longo, mas vale o exercício da leitura:
 
Os cheques encontrados no chão de uma rua qualquer de Cuiabá por Avilmar Araújo, apesar de não serem datados, estavam nominais à empresa Eldorado Construções Obras de Terraplanagem Ltda.

Primeira pergunta: essa empresa existe? Sim.

Primeiro porque há registro de que esteja situada à Rua Professor Feliciano Galdino, 1464, Porto, Cuiabá. O telefone que consta na lista, (65) 3624-3171, cai num FAX. Eu liguei.


Segundo porque a empresa, pelo menos até 2007, manteve contrato com a Assembleia de Mato Grosso, conforme os aditivos publicados no diário Oficial do Estado – veja nas imagens.
 
Existindo e sendo dona dos cheques, vamos a algumas possibilidades, partindo do pressuposto que a empresa prestou serviço a assembleia e recebeu os cheques como pagamento.

1-      A empresa perdeu os cheques. Há de ter queixa registrada, afinal, uma empresa que responde na justiça por falta de pagamento de impostos, não está em bons lençóis, logo, não iria deixar pra lá a falta no caixa de R$ 174 mil.


 
2-      A empresa repassou os cheques a algum credor bondoso que jamais depositou os cheques. Parece suspeito que algum credor tenha desistido de receber R$ 174 mil? Sim, parece.

3-      No caso de ter repassado para terceiros os três cheques que recebeu da assembleia, a empresa Eldorado Construções Obras de Terraplanagem deve ter em seus registros para quem passou e quando passou.

4-      Caso o terceiro que tenha recebido os cheques da Eldorado Construções Obras de Terraplanagem, os tenham perdido ou por uma dessas desventuras da vida, os cheques tenham sido roubados, há de ter um registro, um boletim de ocorrências ou algo do tipo.

5-      Por fim, mas no começo ainda, a quem pertence a empresa Eldorado Construções Obras de Terraplanagem? Nos registros de processos que correram ou que ainda correm no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, inclusive um movido pelo Instituto Nacional de Seguridade Social contra a Eldorado, a empresa consta como sendo de Anildo Lima Barros, ex-prefeito biônico de Cuiabá.

Segunda hipótese: vamos fantasiar que os cheques foram entregues à empresa Eldorado Construções Obras de Terraplanagem, mas quando a empresa foi sacá-los, os cheques voltaram com a alínea 28. De cheque roubado. A empresa então guardou os três cheques como um se fosse um título.

Tempos depois, alguma pessoa abonada, um colecionador, por exemplo, tenha procurado a empresa e tenha comprado dela os três cheques. Para guardar em sua coleção. A empresa os vendeu e o colecionador simplesmente os perdeu numa Rua de Cuiabá, por onde Avilmar estava passando, os encontrou e no lugar de devolver, resolveu guardar no console de seu carro, placa OBA-0069.

Agora vamos a um caso relatado ao blog ontem mesmo, logo que a notícia dos cheques encontrados na rua veio à tona, por uma pessoa que também tem cheques da assembleia e passou por uma situação parecida à segunda hipótese relatada acima. Ele foi procurado por um emissário da assembleia propondo a compra do cheque. Razão? Esse e outros cheques que ainda estão por ai, guardados ou no chão das ruas de Cuiabá, são a materialidade de processos que ainda correm na justiça, sobre os quais eu não posso emitir opinião pessoal por decisão do desembargador Pedro Sakamoto. 
 Como já devem ter percebido que não cola mais essa desculpa de que isso é perseguição política, e são tantas as provas e tantas as evidências, que se eu fosse um dos envolvidos, já estaria rezando para que o porra-louca Kim Jong-un ataque logo a Coreia do Sul e o Japão com armas nucleares.
Atualização: uma fonte envolvida na investigação, acaba de entrar em contato com o Prosa dizendo que a PF já possui a informação de que os cheques são a materialidade de supostos crimes de desvio e lavagem de dinheiro público. Estão em fase de levantamento pelos dados que constam nos próprios cheques para assim, precisarem as datas que foram emitidos. Vai Kim Jong-un, solta sua bombinha logo! hahahaha
Fonte: Prosa e Política


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